Greve é parcialmente suspensa, após uma bela história de resistência
Depois de exatos 50 dias, de muita resistência, dignidade e união os servidores públicos municipais de Teófilo Otoni reunidos em Assembleia, na tarde/noite desta sexta-feira (6 de maio), decidiram suspender a greve, iniciada em 18 de março. Os servidores do Hospital Municipal Raimundo Gobira, no entanto, continuam com suas atividades paralisadas – pelo menos até esta segunda-feira (9 de maio), quando se reúnem na sede do SINDISETO, às 9h30. “Estamos orgulhosos da força e da resiliência do servidor público da nossa cidade. Eles estão de cabeça erguida e resolveram suspender a greve mas não a luta. Vão, com o apoio incondicional do Sindicato, buscar novas estratégias para conquistar nossos direitos”, afirmou o presidente do SINDISETO, Alano Gomes (foto).
Nesses 50 dias os servidores reivindicaram, principalmente, um direito básico, negado nos últimos seis anos: a revisão salarial anual, para fazer frente a uma brutal defasagem em seus salários, calculada em mais de 50% (levando em conta apenas a inflação oficial). Durante o longo movimento ficou claro também, para toda a população de Teófilo Otoni, a postura desrespeitosa e avessa ao diálogo do prefeito Daniel Sucupira (PT), que só se reuniu uma vez com o Sindicato.
Os servidores, coordenados por sua entidade representativa, conseguiram dois itens da pauta de reivindicações que originou a greve: a revogação do artigo 2° do Decreto 6.520 (que previa desconto sobre a gratificação, mesmo em caso de faltas justificadas) e o Piso do Magistério. “Continuamos, no entanto, querendo que os benefícios advindos da implantação do Piso sejam estendidos, por uma questão de justiça e merecimento, a todos os servidores da Educação”, ressaltou Alano Gomes.