Servidores de Teófilo Otoni continuam em greve
Em greve há 27 dias, desde 18 de março, os servidores públicos municipais de Teófilo Otoni fizeram mais uma manifestação na manhã desta quarta-feira (13 de abril), de novo na porta da Prefeitura. Os trabalhadores, em consonância com o SINDISETO, decidiram continuar a paralisação até, no mínimo, que a Câmara Municipal aprecie e vote os projetos do Executivo que beneficiem os servidores. E só a partir dessa atuação dos vereadores que uma nova Assembleia será convocada. Até o momento, o prefeito Daniel Sucupira (PT) só enviou ao Legislativo o Projeto de Lei do piso salarial para os profissionais do Magistério – considerado pelo Sindicato insuficiente, tanto nos valores quanto na abrangência. Na única reunião com o Sindicato, no dia 29 de março, Daniel Sucupira prometeu revogar o artigo 2° do Decreto 6.520 (que previa desconto sobre a gratificação, mesmo em caso de faltas justificadas), uma das reivindicações que motivaram a greve. A outra, a principal, sobre a necessidade urgente de uma revisão salarial anual (após seis anos sem nada), ainda permanece sem solução. Na tarde desta quarta-feira (13 de abril), a partir das 16h, Sindicato e servidores vão marcar presença na sessão da Câmara, para acompanhar de perto o andamento dos trabalhos legislativos nos temas citados.
Esse diálogo específico com a Câmara começou na terça-feira (12 de abril), em reunião (última foto) com o vereador Juvenal Martins de Souza Júnior (Podemos). “O Projeto de Lei, do Piso do Magistério, precisa ser melhorado porque nós temos profissionais de carreira que precisam ser contemplados. Não podemos pegar um profissional que está há 15, 20 anos e que venha a ganhar o mesmo que o profissional que está iniciando agora. isso é uma questão de direito, previsto na Lei Complementar do Município 001. Então precisamos ajustar esse projeto”, disse o vereador ao vice-presidente do SINDISETO, José Antônio Esteves Guedes, que estava acompanhado de um grupo de educadores.
A manifestação desta quarta-feira começou com uma oração, às vésperas do feriado da Semana Santa, e foi marcada por mais um ato de truculência da Administração Municipal: as portas da Prefeitura estavam “protegidas” por seguranças, que não permitiram o acesso dos servidores nem para ida aos banheiros.