Prefeitura propõe reajuste, insuficiente, apenas para os profissionais do Magistério; Servidores fazem Assembleia nesta quarta-feira
O prefeito de Teófilo Otoni, Daniel Sucupira (PT), enviou à Câmara Municipal um Projeto de Lei propondo reajuste salarial apenas para os profissionais do Magistério. Apesar de insuficiente nos valores e na abrangência, pois nem mesmo os demais trabalhadores da Educação terão direito, a proposta é claramente injusta por “esquecer” completamente os servidores das demais áreas da Prefeitura, sem qualquer tipo de reposição salarial há seis anos. Diante disso, o SINDISETO convocou para esta quarta-feira (13 de abril) um assembleia geral, a partir das 9h, na porta da Prefeitura – local e hora de mais uma manifestação dos grevistas.
“O projeto enviado à Câmara propõe reajuste apenas para quem ganha abaixo do piso que consta na Portaria Federal, ou seja, R$3.845 para 40 horas semanais, com a observação importante de que em Teófilo Otoni não existe essa faixa de 40 horas, só 25, 27 e 30 horas”, explicou o presidente do SINDISETO, Alano Gomes. Esclarecendo mais ainda: “Os valores, brutos, para as faixas existentes atingiriam R$ 2.403, R$ 2.595 e R$ 2.884, respectivamente”.
Alano Gomes e o vice-presidente do SINDISETO, José Antônio Esteves Guedes, participaram, na manhã desta terça-feira (12 de abril) do Programa Conexão 98, da Rádio 98 FM, apresentado por Vanilson Souza. Ao vivo, a proposta do prefeito foi considerada um “deboche” por José Antônio Esteves. “Precisamos de uma revisão salarial urgente e Daniel Sucupira pediu para a ‘gente esperar mais um pouco’. Essa Administração passou dos limites, ao chamar a polícia para servidor municipal, ao coagir grevistas e agora ao debochar do trabalhador”, disse o vice-presidente do Sindicato, que voltou a divulgar dados no mínimo estranhos da Administração Municipal: “De janeiro a março deste ano os gastos salariais com os comissionados subiu 40%, a folha passou de R$ 500 mil para R$ 701 mil; e três comissionados foram exonerados e recontratados no dia seguinte, depois de receber a devida indenização”.
Sobre a Assembleia de amanhã, Alano Gomes foi taxativo: “Uma greve começa e termina em uma Assembleia, por vontade soberana do servidor. O que for decidido amanhã pela categoria será acatado pelo Sindicato”. Independente disso, o SINDISETO está atento para proteger o servidor que está exercendo seu livre direito de fazer greve, previsto na Constituição. “Não vamos aceitar retaliações, corte de ponto, coação de qualquer natureza e muito menos abertura de processos administrativos para intimidar os trabalhadores”, garantiram os diretores do SINDISETO.