Na Câmara Municipal, SINDISETO expõe situação dramática dos servidores

05/04/2022

Acompanhado de servidores, em greve desde 18 de março, o presidente do SINDISETO, Alano Gomes, participou da sessão da Câmara Municipal na noite desta segunda-feira (4 de abril). O objetivo foi expor a situação atual dos funcionários da Prefeitura. “É muito constrangedor constatar que há profissionais recebendo salário mínimo e que há trabalhadores passando necessidades. Nesses últimos cinco, seis anos não tivemos nenhuma revisão geral de salários. Isso teve como consequência uma perda de cerca de 52% – levando em conta apenas a inflação oficial, que, quem faz compras de itens básicos, sabe que não é real. O baque no poder aquisitivo é na verdade de mais de 100%”, disse o sindicalista. Alano Gomes pediu que os vereadores se posicionem. “Pela Lei de Diretrizes Orçamentárias, aprovada em dezembro, o prefeito teria que enviar à Câmara, até março, um Projeto de Lei incluindo reajuste aos servidores. Não enviou e consideramos isso um desrespeito com os trabalhadores e também com a Casa Legislativa”, argumentou.

Alano Gomes também discorreu sobre os recursos do FUNDEB, que poderia, em tese, contribuir para o pagamento do piso salarial do Magistério e questionou a suposta falta de recursos da Prefeitura para atender as justas reivindicações dos servidores. “Nos últimos anos a arrecadação da Prefeitura aumentou”, resumiu.

A professora Rita de Cássia também teve acesso à Tribuna Livre da sessão da Câmara, e foi categórica: “Porque os professores, e os servidores em geral, têm que passar por tantas dificuldades? Tem gente passando fome, precisando de muita ajuda, perdendo a dignidade. A situação é muito grave e por isso estamos em greve. Não por querer, mas sim por absoluta necessidade”.