SINDISETO e Prefeitura fazem segunda rodada de negociações

01/04/2022

Diretores do SINDISETO e representantes da Prefeitura (secretarias municipais de Administração, Educação e Fazenda; Departamentos dos Recursos Humanos e da Contabilidade) fizeram, na manhã/tarde desta sexta-feira (primeiro de abril), a segunda rodada de negociações acerca das reivindicações dos servidores de Teófilo Otoni, em greve por direitos básicos há 15 dias. Ao contrário do esperado, a Administração Municipal não fez nenhuma proposta – ficou de fazer até, no mais tardar, segunda-feira (4 de abril). “Assim que uma proposta salarial for apresentada, o Sindicato convocará uma assembleia para aprovação ou não. Somente a vontade expressa da categoria nesta assembleia pode finalizar a greve”, avisou o presidente do SINDISETO, Alano Gomes.

Os trabalhadores querem uma reposição salarial que pelo menos atenue as enormes perdas no poder aquisitivo – calculadas em 51, 92%, consequência de seis anos sem a revisão salarial anual, prevista como obrigatória na Constituição. Pendente também está a concessão do reajuste, de 33,24%, no Piso Salarial do Magistério, elevando o valor para R$ 3.845,63 – conforme consta em Portaria Federal publicada no início de fevereiro. O terceiro item da Pauta de Reivindicações já foi conquistado, após a primeira rodada de negociações com a Prefeitura, no último dia 29 de março: a revogação do artigo 2º do Decreto 6.520, (de 9 de maio de 2011), que previa desconto sobre a gratificação, mesmo em caso de faltas justificadas, e na prática, como bem definiu Alano Gomes, “obrigava os servidores da Saúde a trabalharem doentes”.

Na reunião, com viés técnico, desta sexta-feira – da qual participaram também os vereadores Professor Felipe Barbosa (PP), Robertinho Crescêncio (PP) e Eliane Moreira “da Assistência Social” (PT) – o Sindicato deixou claro que os trabalhadores precisam urgentemente de um reajuste salarial ( “até mesmo para se alimentarem”, tamanha as dificuldades do dia a dia com os salários atuais) e que a Prefeitura não tem como negar, inclusive legalmente, o pagamento do piso aos professores.

No encontro, foi discutido também um Plano de Carreira para os servidores, que, segundo a Prefeitura, está pronto. “O Sindicato, através do seu representante jurídico Eldbrendo Pereira (que fala também em nome da FESERP-MG), gosta da ideia, desde que a Prefeitura apresente uma alternativa para pagar aos servidores uma revisão salarial, abono ou outro tipo de valorização até que este Plano de Carreira seja discutido pela categoria e aprovado”, relatou Alano Gomes, que se fez acompanhar na reunião pelos colegas de diretoria Damares Rodrigues, José de Souza Neto e Luzia Marques.

Alano Gomes informou ainda que nenhuma punição será aplicada aos grevistas. “É uma garantia da Administração Municipal, e uma prova de que os representantes da Prefeitura sabem que as reivindicações dos servidores são justas”, constatou o presidente do SINDISETO.

Durante todo o período da reunião servidores em greve permaneceram em vigília – primeiro em frente à Prefeitura, e depois na porta do CAIC, onde funciona a Secretaria Municipal de Educação.