Duas manifestações, no sétimo dia de greve
Os servidores públicos municipais de Teófilo Otoni, coordenados pelo SINDISETO, fizeram, nesta quinta-feira (24 de março), sétimo dia da greve, duas manifestações para deixar claro a insatisfação geral e exigir respostas dos gestores municipais às justas reivindicações.
No meio da tarde, diretores do Sindicato e servidores da Saúde marcaram presença na porta da UPA do município. Além de faixas, esclarecimentos sobre os motivos da greve e contatos com quem ainda não aderiu à paralisação houve registro de reclamações sobre a postura de alguns coordenadores da Unidade. “Eles estão atrapalhando o movimento, com interpretações equivocadas acerca da escala mínima para a greve”, avaliou o presidente do SINDISETO, Alano Gomes.
No final da tarde/início da noite, o protesto foi na Praça Tiradentes, em ato conjunto com SIND-UTE (Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais). “Cada um com sua pauta, mas todos com o mesmo pensamento. O evento foi abrilhantado pelo Grupo Teatral In-cena, que mostrou, com esquetes e músicas, o drama dos trabalhadores com seus salários defasados”, contou Alano Gomes, que avaliou o momento atual: “a nossa greve segue forte, com novas adesões a cada dia, porém é triste constatar que nada disso aconteceria se houvesse a valorização do servidor público por parte do gestor municipal”.
Em greve desde o dia 18 de março, os servidores reivindicam três direitos básicos: a revisão salarial geral anual, que não é aplicada há anos (apesar da Lei exigir) – e não é reajuste salarial e sim reposição, para fazer frente às perdas acumuladas de mais de 50%; o Piso Salarial para o Magistério (elevado, por Portaria do Governo Federal, a R$ 3.845,63 – reajuste, portanto, 33,24%) e a revogação do artigo 2º do Decreto 6.520, (de 9 de maio de 2011), que prevê desconto sobre a gratificação, mesmo em caso de faltas justificadas