Ato na porta da Prefeitura marca primeiro dia de greve
Os servidores públicos municipais de Teófilo Otoni participaram, na manhã desta sexta-feira (18 de março), de um grande ato público na porta da Prefeitura, dando início à greve por direitos básicos. A paralisação é por tempo indeterminado, conforme definido na Assembleia do último dia 11, e eles decidiram que só farão nova Assembleia quando o prefeito Daniel Sucupira (PT) concordar em abrir diálogo com a categoria, acenando com a possibilidade de atender as reivindicações. Até lá caberá a Comissão de Greve se reunir, visitar os locais de trabalho e comunicar os próximos passos do movimento.
Uma primeira vitória já foi registrada neste primeiro dia de greve: pela manhã, dois diretores do Sindicato e duas representantes da base tiveram acesso à Prefeitura (foto 4). “Fomos recebidos pela Ana Luiza, assessora do secretário municipal de Governo, Tarcirley Mariniello. Ela se comprometeu a levar as reivindicações ao secretário e ao prefeito, com a possibilidade de iniciar uma negociação”, relatou o presidente do SINDISETO, Alano Gomes.
Outra prova de coerência e da justiça das reivindicações partiu dos servidores da Câmara Municipal de Teófilo Otoni, que deixaram claro o apoio à greve. “Ontem (quinta-feira) eles enviaram um ofício à Prefeitura cobrando o diálogo e se oferecendo para intermediar a negociação para por fim ao impasse”, contou Alano Gomes.
A greve dos servidores tem três motes: a concessão da Revisão Salarial Geral Anual – que é Lei, mas não é aplicada desde 2016, causando perdas ao bolso do trabalhador na ordem de 51,92%); a concessão de reajuste de 33,24% (elevando para R$ 3.845,63) o Piso Salarial do Magistério, com a devida retroatividade – conforme prevê uma Portaria Governo Federal publicada em fevereiro; e a revogação do artigo 2º do Decreto 6.520, de 9 de maio de 2011, que prevê desconto sobre a gratificação, mesmo em caso de faltas justificadas.